Vivemos um mundo de medo, acreditamos em milhares de olhos invisíveis que julgam cada uma de nossas ações e por isso perdemos a coragem de arriscar, lutamos pelo pão de cada dia não por causa da fome e sim pela antecipação dela. Tentamos prever tudo que a vida pode nos trazer, tetamos estar preparados para tudo e com isso esquecemos a grande emoção que uma surpresa nos traz.
Em mais uma epifania diária imaginamos a vida melhor, vemos uma grande cachoeira em nossa frente nos arrastando de volta para nascente, de volta para o nosso porto seguro, para o calor de caras familiares, mas esse calor queima, mas a subida é tão difícil que imaginamos que podemos aguentar o fogo queimando nossas aspirações.
Se todas elas queimarem será que continuaremos olhando para cima, imaginando como seriamos se lutássemos contra a maré, abandonássemos nossa segurança para enfim sentir a frescor de novos desafios. Será que a água longe da nascente matará nossa sede pelo novo, pela emoção, por um coração batendo em um ritmo conjunto à outro.